Amor estudado é isso continuação...
Amor estudado é isso continuação...

Na Psicologia, o amor é definido como sendo, não simplesmente o gostar em maior quantidade, mas sim um estado psicológico qualitativamente diferente. Isto porque, "ao contrário do gostar, o amor inclui elementos de paixão, proximidade, fascinação, exclusividade, desejo sexual e uma preocupação intensa."

Psicologismos à parte, o que será, entre nós, sabedores do senso-comum, o amor? Será uma mistura entre loucura e paixão que faz focar o nosso pensamento única e exclusivamente na pessoa que amamos? Ou será um sentimento de desejo incontrolável que nos torna incessantemente ansiosos por estar com o outro, numa troca recíproca de carinho, afecto, confidências, palavras e olhares? De facto, o amor pode ser uma conjugação de todos estes aspectos, em que nenhum é dispensável mas todos são imprescindíveis. 

Numa tentativa de simplificar a definição de Amor, os psicólogos sociais recorreram à definição de seis diferentes formas de amar. São elas seis: o amor romântico (envolve paixão, unidade e atracção sexual mais usual na adolescência), o amor possessivo (determinado pelo ciúme, provocando emoções extremas), ocooperativo (que nasce geralmente de uma amizade anterior, sendo alimentado por hábitos e interesses comuns), o amor pragmático (característico de pessoas ensinadas a reprimir os seus sentimentos o mais possível, sendo estas relações desprovidas de qualquer manifestação de carinho), o lúdico (que se baseia na conquista e na procura de emoções passageiras) e o amor altruísta (praticado por pessoas dispostas a anular-se perante o outro, tendendo a "isolar-se num mundo onde, na sua imaginação, só cabem os dois ainda que o outro pense e actue exactamente ao contrário"). 

Há quem defenda que o amor é uma história construída ao longo da vida que, com o tempo, transpõe a mera atracção física, passando para uma preocupação com o bem-estar do outro para o seu próprio bem-estar. Manifesta-se numa influência mútua, no qual a (in) felicidade de um causa a (in) felicidade do outro. A paixão e o desejo tendem a não ser tão intensos, fortalecendo-se antes a cumplicidade, a intimidade e o companheirismo.